Faz hoje uma semana que fui, pela última vez, acompanhar o nosso colega e amigo. Ao ler-lhe os mails continua, perante alguns, a vontade da resposta imediata logo travada pela inevitabilidade. Custa-me muito a mudança do tempo verbal. Conheci-o pela primeira vez no almoço do Carcassone e desde logo me maravilhei com a sua capacidade argumentativa. Ao longo desse almoço, em que ficámos frente a frente, fomos discordando alegremente sobre várias coisas, o João Luís era do Sporting e eu do Benfica, defendia a Monarquia e eu a República, o João Luís na esquerda eu na direita, enfim, concordámos no prato (peixe), no gosto pela argumentação e desprezo pela estupidez.

Ah, João Luís, tenho muito para lhe agradecer e guardarei esta saudade comigo até nos voltarmos a encontrar.

Paulo Tomás Neves